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Extreme day!!!

Hoje podemos dizer que estamos literalmente exaustos! Bom, a noite no trem (fomos pela empresa Victoria Train) não foi das melhores, porque não é nada fácil dormir naquelas camas estreitas e duras, com aquele barulho dos trilhos, com o balanço e com as paradas bruscas que o trem dá ... ah, e no alto com medo de cair (dormi em cima na beliche). Para sermos sinceros, achamos que seria pior, mas até que a cabine era razoável e tivemos a sorte de dividi-la com um jovem casal bem simpático de Munique, Alemanha. Ficamos um tempo batendo papo, mas logo que o trem saiu pontualissimamente às 21:50, fomos deitar.

Chegamos em Lao Cai às 6:30, após quase 9 horas de viagem e com temperatura de 8 graus. O transfer (mais uma vez com a plaquinha com nome do Raul kkkkk) estava nos esperando para irmos de van a Sapa.

Fomos então para o hotel Royal View, mas o check in ainda não estava disponível. Tomamos café e logo uma guia vestindo roupas locais veio nos avisar que sairíamos às 9:30 para uma caminhada nas montanhas de aproximadamente 12 km. Raul e eu ficamos um pouco apreensivos, mas arrumamos nossa mochilinha e partimos para conhecer a bela vista de Sapa.

No começo, confesso que ficamos meio assustados, porque apareceram na frente do hotel na hora da saída do passeio umas 15 mulherzinhas todas vestidas como a guia, com adereços próprios na cabeça, cestos e crianças (os filhos) pendurados nas costas. Elas eram bem simpáticas e o que mais nos chamou a atenção foi o fato de falarem inglês até que razoavelmente, tornando o dia agradável e mais fácil para nos comunicarmos.

Começamos então a caminhada num trecho de baixo nível de dificuldade e seguimos por 2km até entrarmos na trilha.

Aí foi que a brincadeira começou pra valer e demos mais valor ainda para aquelas mulheres que fazem praticamente todos os dias um percurso longo e escorregadio, absurdamente cheio de lama, com subidas e descidas, carregando peso, felizes e falantes, com suas botinhas plásticas coloridas.

Sapa é um lugar muito rico em cultura para o Vietnam e possui 5 etnias diferentes. Fica a 1600 metros do nível do mar, a 5km da China e está na Cordilheira Hoàng liên So'n, que é a parte leste do Himalaia, e tem uma paisagem estonteante. As plantações de arroz em mosaico ao longo do caminho tiram o fôlego. Sem contar os animais que encontramos pelo percurso, os lagos, plantas e vilarejos peculiares. Valeu a pena todos o esforço, a dor nas pernas, os quase tombos (QUASE, graças a duas fofas que nos seguiram o tempo todo e me ajudaram a me manter em pé até o fim). O mesmo não posso dizer do Raul, que tomou um tombo considerável logo no início da trilha lamacenta, mas depois conseguiu seguir bem.

Ao final do percurso, paramos para almoçar comida local bem simples e, logicamente, as nossas acompanhantes vieram nos oferecer o artesanato delas para comprarmos. Claro que depois de toda a ajuda na trilha, comprei um cachecol bem bonito feito no tear e o Raul quis o mesmo tecido que elas usam na cabeça, sendo que escolheu o mais colorido possível e já saiu usando o novo adereço que uma delas amarrou para ele. Ganhamos até umas pulseirinhas simpáticas como brinde e um coração fofo feito de folhas. Muito bacana a experiência!!!

Depois andamos pelo vilarejo, passamos por duas escolas e aqui vale o detalhe de como ficamos impressionados com a caligrafia das crianças e o comportamento delas, pois a professora não estava na sala de aula e todos estavam quietinhos copiando algo do quadro. As crianças já estão tão acostumadas com os turistas, que praticamente nem nos notaram.

Chegamos no hotel por volta de 15 horas, praticamente mortos kkkk, fizemos o check in e deixamos nossos tênis para lavar, pois este foi o resultado do dia...

Saímos para dar uma volta na cidade, mas o cansaço realmente está apertando hoje e amanhã temos mais um roteiro já programado antes de retornarmos a Hanoi, novamente dormindo no trem.


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