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Day tour: Mercado flutuante, Ponte do Rio Kwai e Templo dos Tigres

Hoje o dia começou cedo. Saímos às 7 horas para fazer o roteiro que fechamos com uma empresa de turismo do lado do nosso hotel (você pode encontrar várias dessas empresas em Bangkok com preços e roteiros variados. O nosso saiu por 2.700 THB depois do Raul barganhar com a vendedora, já incluso transporte, almoço, trajeto de barco no mercado e entrada no templo dos tigres), numa van não tão confortável e bastante quente, com uns ventiladores complementares ao ar condicionado no teto para vencer o calor de Bangkok (e não venceu kkk). Mas valeu o resultado do dia valeu por tudo.

O primeiro destino foi o surpreendente Mercado Flutuante de Damnoen Saduak, que fica a aproximadamente 100km ao sul de Bangkok. Ao sairmos da van, pegamos um barquinho típico e passamos por um caminho de canais cercado por casas de palafita até chegarmos ao mercado, sendo que o vídeo abaixo mostra a riqueza dos detalhes.

Existem dezenas de barcos de madeira (todos os moradores da região tem seus próprios barquinhos) que se deslocam num tráfego controlado, a maioria movidos a remo (e por mulheres) que vendem de tudo: frutas, comida, peixes, plantas, roupas, peças de arte, etc.

Ao redor do mercado flutuante, a feira se estende em terra num espaço enorme e não é um local apenas para turistas, os tailandeses também compram por lá. O movimento é super intenso e a sensação de estar ali é incrível, pois é um lugar muito peculiar (hoje logicamente não tanto no modelo original, vendendo umas bugigangas que não vale a pena nem olhar), mas é bem típico da região, com direito a cobras gigantes para fotos (não tivemos coragem!). Nem precisamos dizer que o calor é escaldante!

Do mercado pegamos novamente a van, andamos por mais uma hora e meia e paramos num restaurantezinho beira de estrada em Kanchanaburi, para um almoço com comida típica tailandesa. Confesso que o lugar a princípio assustou kkkkkk, mas o fried rice servido estava uma delícia!

Neste local encontramos com uma guia local falando inglês, que nos direcionou para a visita da Ponte do Rio Kwai, nosso segundo destino. A ponte começou a ser construída na 2ª Guerra Mundial e era a via usada pelos japoneses para levar munições para a Ásia Central.

Em resumo, no início de 1942, após a Tailândia ter declarado guerra à Grã Bretanha e aos EUA, permitiu que tropas do Japão ocupassem seu território. Assim, os japoneses planejaram construir em cinco ou seis anos, uma ferrovia para ligar a Tailândia à Mayanmia (antiga Birmânia), incluindo uma ponte sobre o rio Kwai Yai, em Kanchanaburi. A obra terminou em menos de três anos e provocou a morte por maus tratos ou doenças de cerca de 16 mil prisioneiros de guerra, além de 240 mil asiáticos, empregados na construção.

A ponte tem uma história interessante, porque quando os americanos descobriram que ela funcionava como via de transporte de munições, bombardearam-na de forma cruel.

Posteriormente, ela foi reconstruída e hoje há um museu de guerra e um cemitério de veteranos nas redondezas. Não tivemos tempo de visitar o museu porque nosso roteiro previa apenas 30 minutos neste ponto, deu apenas para fazer umas fotos na ponte, atravessá-la e apreciar o lugar, que é bem agradável, com vários restaurantes às margens do rio e bem movimentado por turistas.

De lá, amargamos ainda aproximadamente uma hora para chegar no Templo dos Tigres, inaugurado em 1999 por monges budistas que resgataram filhotinhos de tigres órfãos de mães mortas por caçadores. Passado algum tempo, as pessoas do local que sabiam disso começaram a levar outros filhotes para lá e eles cresceram e foram se reproduzindo. Hoje há no templo um número considerável de tigres adultos e uns filhotinhos que já nasceram por lá. Acredita-se que o convívio com os monges e o budismo, bem como a sonolência do período da tarde torna os tigres mansos, sendo possível o contato com as pessoas. Mas sabemos que muito se especula se os animais são sedados lá no templo para se garantir a segurança dos visitantes. O staff garante que não, mas particularmente Raul e eu achamos que os tigres são muito sonolentos. Bom, não ssabemos a verdade.

Pois bem. Chegando na entrada do Tiger Temple você precisa se vestir adequadamente: não pode entrar com bermuda ou saia acima do joelho, nem como blusas regatas, decotadas, alças, nada disso. Eu já sabia e levei uma camisetinha na bolsa. Ah, também não pode entrar com cores fortes, tipo amarelo, laranja, vermelho, porque elas podem estimular os tigres e eles podem te dar uma dentadinha kkkk.

Para quem não compra o pacote completo, o ticket deste local custa 600 THB, um dos mais caros da Tailândia. No balcão de entrada você precisa assinar um documento dizendo que se responsabiliza pela sua integridade física, sabendo que há animais soltos pelo parque e que tem que seguir as regras do local, bem como com relação aos tigres. A nossa guia fez uma ressalva sobre os búfalos, alertando para andarmos lentamente perto deles e que já houve casos de ataques a visitantes anos atrás.

Aí você segue um caminho até chegar ao Tiger Canyon, onde recebe uma orientação prévia e não pode entrar com bolsa, óculos, chapeu, nada. Nem com as próprias câmeras fotográficas: você tem que entregá-las a alguém do staff e um tratador literalmente agarra na sua mão e vai andando entre os tigres e te aponta o local que você tem que parar para fazer carinho nele e, então, eles tiram uma 3 ou 4 fotos em cada ponto.

Confesso que a sensação de passar a mão nos tigres, sentir o pelo grosso, a respiração deles, a temperatura quente e ver aquele colorido lindo te dá uma mistura de emoção com um medinho, nas primeiras fotos parece que o coração vai sair pela boca. Mas é uma experiência sem igual!! (detalhe para o fato de que numa das paradas, o tigre deu uma mexida meio estranha e bateu com o rabo na minha cabeça...kkkk. Naquela hora deu um "medinho" um pouco maior...).

Raul também foi um bravo guerreiro. Fez até um carinho mais próximo nos bichinhos kkk.

Saindo do Canyon caminhamos pelo parque, que tem búfalos, porquinhos da índia, bois e outros animais andando soltos pelo caminho. O parque é muito bonito, o problema é que faz 50 graus à sombra naquele lugar...

Fizemos então uma parada no templo principal para uns minutos de descanso e meditação.

O lugar, apesar do grande movimento de pessoas, tem uma paz e uma energia bem agradável.

Às 16 horas pegamos a van para retornar ao hotel e aí foram 3 horas de viagem, com apenas uma parada e destino final na Khaosan Road. Um dia intenso, mas cheio de emoções e vivências.

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