top of page

A sensação de se chegar na Malásia

Saímos 4 horas da matina para o aeroporto, afinal, tínhamos que partir no nosso voo JetStar de baixo custo às 7h15!!!

Após um voo super curto de aproximadamente 50 minutos chegamos ao nosso destino: Kuala Lumpur. O Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur é bem moderno e luxuoso, como quase todos que vimos até agora na Ásia. Bem no desembarque há uma propaganda enorme com uma foto do Neymar Jr. (já ouvimos algumas vezes, em variados lugares que estivemos, pessoas dizendo gostar no Neymar quando falamos que somos do Brasil, o garoto faz sucesso por aqui!!!).

Pois bem, para que vocês se situem, vamos à ficha técnica da cidade:

-Local: Kuala Lumpur (KL), capital da Malásia.

-Língua: O malaio é o idioma oficial, mas o inglês é largamente falado na cidade, especialmente para os negócios, sendo matéria requerida em todas as escolas. São também falados 40 dialetos chineses e alguns idiomas indianos e paquistaneses, assim como as línguas dos trabalhadores imigrantes (indonésio, nepalês, vietnamita, etc).

-Moeda: RM (ringitt malaio), sendo que 1 real = 1,1874 RM.

-Religião: A cidade é formada por muitas religiões. O Islamismo é praticado primariamente pelos malaios e pelas comunidades indianas muçulmanas. Há outras religiões como Budismo Maaiana, Confucionismo e Taoísmo (principalmente entre os chineses), Hinduísmo (entre os indianos) e Cristianismo.

-Temperatura: o mesmo calor horrível e úmido dos últimos dias.

Confesso que a chegada em Kuala Lumpur te dá um choque (acho que o maior que tivemos até agora), em razão da imensa diferença de cultura, principalmente porque os muçulmanos reinam por aqui e a grande maioria das mulheres, num calor de 35 graus, vestem burcas nos moldes da foto abaixo e os homens se vestem também com aquelas roupas bem tradicionais. Raul chegou a me dizer no aeroporto assim que passamos a imigração: "Maristela, dessa vez a gente se superou!!!"... kkkk (aqui cabe um parêntese e dica nossa para quem pretende fazer este tipo de viagem: é preciso ter a mente bem aberta para ver, fazer, comer, conhecer, aprender, entender, e o que é melhor, gostar, de um montão de coisas na Ásia).

E por falar em imigração, nossa passagem foi muito tranquila, recebemos com facilidade mais um carimbo nos nossos passaportes. Na fila, vimos pessoas de nacionalidades variadas: jovens, crianças, casais mais velhos, americanos, europeus, asiáticos de todo canto, e nos chamou a atenção cerca de 20 rapazes atrás de nós, com roupas muito humildes e carinhas sofridas, meio perdidos como se estivessem viajando pela primeira vez, que entendemos que se tratava de um grupo que chegava para trabalhar no país, talvez do Paquistão, pelo que conseguimos ver nos passaportes. No fim das contas, tudo gente como a gente...

Do aeroporto você pode ir ao centro da cidade, descendo na estação KL Sentral (cerca de 60 km), num trem muito confortável e mais rápido que taxi ou ônibus, que custa 35 RM por pessoa. Chegando lá, você pode seguir ao seu destino de monorail, ônibus ou taxi, sendo este último mais seguro pagar antes, diretamente num guichê específico que tem logo na saída da estação. Para chegar ao nosso hotel a corrida de taxi ficaria em 13 RM e então optamos por este meio de locomoção.

Chegando no hotel Furama Bukit Bintang, ainda tivemos a sorte de ganhar um upgrade para um quarto superior, com o dobro do tamanho do que havíamos reservado, porque todos do padrão standard estavam ocupados. Muito bom! Optamos por ficar aqui devido à localização (estamos na Jalan Changkat Thambi Dollah).

Olhamos para o teto em cima da mesa do escritório e notamos que havia uma seta verde pintada em direção à parede, com uma inscrição "kiblat". Deduzimos que fosse algo ligado à religião e de fato, depois confirmamos numa mesquita que se trata da direção em que fica Meca e para onde os muçulmanos devem se voltar ao fazer suas preces. Essa indicação está presente em diversos lugares.

Bom, como não consigo ficar muito tempo quieta, descansamos um pouco e já arrastei o Raul para o Mercado Central, ponto de parada obrigatório em KL. Fomos caminhando (uns 2,5 km do hotel), para conhecer um pouco as imediações. No caminho, cruzamos com uma das poucas igrejas cristãs de Kuala Lumpur, a St. Anthony Church, bem singela e bonita.

A cidade é muito diferente de Cingapura, mais antiga e poluída visualmente, pelo menos nesse ponto que estamos. Mas o diferencial fica por conta das mesquitas que se vê por todo lado e pelas famosas torres gêmeas ao fundo, das quais falaremos mais tarde.

Vimos e fotografamos somente de fora a mesquita Masjid Jamek, que está em reforma e isso tira um pouco seu brilho no cenário urbano, mas ainda assim é muito bonita.

Como uma cidade é incompleta sem Chinatown, passamos por lá, na Petaling Street, lugar cheio de barracas e comidas. Acredito que pelo fato de estarmos no pós ano novo chinês e longe de temporadas, estamos dando sorte com os lugares bem vazios e tranquilos. Vale a pena a visita, principalmente se você quiser ver quinquilharias e comprar produtos falsificados. Lá está cheio deles!!!

Como a nossa pegada na viagem não é comprar, mesmo porque nem temos onde carregar mais nada, ficamos sempre com as comidinhas. Até consegui parar para comer um milho no copinho, que amo de paixão! Já que não tem mesmo pão de queijo...kkk

Chegando ao Mercado Central, você se impressiona pelo fato de ter ar condicionado em todo o ambiente, o que ajuda muito no calor daqui. Claro que estamos falando de um mercadão parecido com muitos outros e voltado para o turista, mas apesar disso traz umas características bem peculiares. Há roupas, veus, echarpes, lenços, souvenirs, peças antigas, móveis e gente muito simpática e com boa veia comercial, sem serem chatos e insistentes.

Trocamos umas palavras com um senhor super simpático de uma loja de antiguidades, que ao nos perguntar de onde éramos, destacou o Brasil como sendo o "país do futebol" (já estamos nos cansando disso, mas fazer o que?). Podemos dizer que o lado indiano do mercado tem vendedores que interagem mais com os turistas do que o lado chinês. Sem contar que o prédio é de 1888, com uma estrutura bem interessante.

Aproveitamos o horário e jantamos por lá num dos restaurantes do espaço. A comida, como sempre, apimentada ao extremo. Dica para quem não gosta de pimenta: na Ásia, sempre peça pratos "no spicy" se não quiser ter sua boca toda pegando fogo e uma sensação de quase-morte ao comer kkkkk. Acreditem, Raul e eu simplesmente amamos tudo isso!!! Experimentamos o tradicional chicken curry, muito gostoso.

Fechamos mais um dia cansativo com um chazinho e bolo num lugar fofo dentro do Mercado Central, o Old Town White Coffee.

Boa noite!!! Amanhã tem mais! Pretendemos subir na Petronas Towers logo cedo.

bottom of page