É bem fácil ir de Guangzhou a Hong Kong. Basta pegar o trem na East Railway station (acesso pela própria rede de metrô) com destino a Hung Hom, HK (Kowloon), pagar 210RMB por pessoa e viajar por 2 horas. Conseguimos comprar para o primeiro horário das 8h19, mas é aconselhável comprar antes, caso você não possa correr o risco de não ter mais tickets, pois eles são vendidos bem rapidamente. Os guichês de venda abrem às 7h e já bem cedo o movimento é intenso.
A viagem é bem tranquila, num trem de boa qualidade e logo você chega naquele lugar "estranho" que é Hong Kong.
Digo estranho porque é um "país" a parte na própria China, onde todo mundo fala inglês e você tem que fazer trâmites de imigração e tudo mais, brasileiros não precisam de visto de entrada, os carros andam na mão inglesa; o velho e o moderno, o pobre e o riquíssimo se misturam e se equilibram de forma totalmente harmoniosa. Sim, isso é possível. Já estive lá antes e continuo achando estranha a sensação, mas é assim mesmo.
Ouso dizer que o lugar é o resultado de uma equação de China + New York + Paris. Ostentação por todo lado, com muito luxo, muitos shoppings com lojas carésimas, muita cultura, tradições, prédios moderníssimos e altos, mas também com muita beleza natural, prédios em estilo europeu antigo, sem falar no aperto.
Por haver pouco espaço físico, muitas lojas, restaurantes, postos de serviços tem que utilizar também o subsolo e os andares superiores, mas tudo muito pequeno, sempre lotado de gente. E por isso, logicamente o preço do m2 é absurdo: segundo matéria da Bloomberg, uma pequena loja na rua chega a pagar 10 mil dólares por dia de aluguel. E por falar em luxo, a Russell Street, em Causeway Bay, se tornou no ano passado a rua mais cara do mundo, ultrapassando a 5ª Avenida, em Nova York.
Lógico que é possível encontrar absolutamente tudo que se procura em HK e uma churrascaria brasileira não seria problema. Matamos as saudades do cardápio verde e amarelo num delicioso almoço no Braza, que é possível acessar de metrô, descendo na estação Central. O restaurante fica no 3º andar do Progress Building, 15 Lan Kwai Fong (do outro lado da ilha e do nosso hotel, pois ficamos na área Tsim Sha Tsui) e é super recomendado para quem tem saudades de uma boa picanha, feijoada com farofa e principalmente, como eu, de pão de queijo quentinho!!! O atendimento é muito bom e o ambiente maravilhoso, sem contar o menu que traz a forma de pronunciar a palavra churrascaria para os não brasileiros kkkk! Realmente valeu a pena.
Saindo de lá passeamos pelas imediações, sempre com a vista maravilhosa do mar, dos prédios incríveis, do luxo, das embarcações, do vai-e-vem de gente apressada, da diversidade de coisas e pessoas por todos os lados. Até a loja da Apple com dois andares toda envidraçada é um show a parte, com uma vista de tirar o fôlego!
Voltamos então para o outro lado da ilha com o Star Ferry, que é um barco super seguro, com vários lugares e que serve o público a cada 10 minutos, custando apenas 2,50 HK$. É bem agradável passear por ali e esperar para assistir o show das luzes que acontece toda noite às margens das águas, com a vista do horizonte tomada por prédios imensos e suntuosos. Tivemos a sorte de ser agraciados com um por do sol de tirar o fôlego. O calor é escaldante no mês de agosto, por isso fica a dica de se manter hidratado, com chapeu, protetor solar e usar roupas bem frescas.
A "Symphony of Lights" começa às 20h, diariamente, e deve durar uns 15 minutos, com a participação de mais de 40 prédios por todo o entorno da baía, absolutamente sincronizados com a música e as luzes. É deslumbrante! Claro que tudo fica lotado de gente de todo canto do mundo!!! Imperdível!
Dia incrível na apaixonante Hong Kong...