Uma das dificuldades em Guangzhou neste período é escolher o passeio adequado para as épocas de chuva. Para ilustrar, cabe dizer que por aqui (ao contrário do que acontece em São Paulo, por exemplo, onde se tem as quatro estações do ano num único dia) as estações climáticas são bem definidas. Desde o começo do ano pegamos um friozinho com temperatura mínima de 9 graus até mais ou menos fevereiro/março, com aumento gradual da temperatura. Desde o mês de maio o calor vem sendo bem rigoroso (temperaturas de até 38 graus) e sem surpresas: você pode sair com roupas de extremo verão (tanto durante o dia quanto à noite) e jamais precisará de uma blusa para uma mudança repentina (exceto para o ar condicionado dos ambientes fechados, que costumam congelar a gente). O único acessório indispensável é o guarda-chuva, especialmente nos meses de julho e agosto.
Pois bem. A previsão do tempo também erra às vezes por aqui kkkk. Para hoje as apostas eram de tempestade e em razão disso optamos pelo plano B, um passeio em lugar bem perto de uma estação de metrô e em ambiente mais fechado, na Chen Clan Academy, desistindo do zoológico (que era inicialmente o plano A). Não choveu e não precisamos usar o guarda-chuva e o zoo teria sido ótima opção. Mas não faz mal, pois o dia de hoje não nos decepcionou!
O local foi construído em 1894, durante a Dinastia Qing. A construção foi financiada pelos 72 clans com sobrenome Chen existentes em Guangdong, a fim de prover acomodação e postos de estudo para os jovens e prepará-los para os exames da província, posteriormente sendo instalado ali um colégio técnico e ensino médio. Em 1959, o espaço foi escolhido para sediar o Guangdong Museum of Folk Art e hoje está entre os 8 principais pontos turísticos da cidade de Guangzhou.
A arquitetura é incrível, os telhados são ricos em detalhes e há vários daqueles balões vermelhos nas fachadas, tudo nos moldes tradicionais chineses. Vale muito a pena conhecer e o valor do ingresso é de apenas 10 yuan por adulto.
Nos jardins, há vários bonsais centenários, flores, árvores e muita beleza.
Há algumas esculturas também espalhadas pelos jardins. O complexo é bastante grande e é interessante reservar pelo menos umas 2 horas para apreciar esta atração.
Nas salas internas há várias peças lindíssimas referentes à produção artesanal ao longo dos tempos: cerâmica, porcelanas, leques, trabalhos em papel, escultura em chifres de animais, tecidos, móveis antigos, etc.
E por hoje é só! Bom fim de semana, pessoal!! Por ora, vamos planejando nosso roteiro para o próximo mês, com Laos e Camboja!!