Próxima parada: Cracóvia, Polônia. Motivo maior de estarmos aqui é a proximidade da cidade a Auschwitz, local que era nosso principal target na Polônia.
No entanto, não nos arrependemos nem um pouco. A cidade é muito bonita e tem seu centro histórico decretado patrimônio cultural pela UNESCO, com prédios lindíssimos, praças, pontes, museus e sinagogas maravilhosas, povo simpático, comida deliciosa e muita riqueza cultural.
As igrejas também representam ponto alto na cidade, todas belíssimas, com padrões variados e grande representação histórica.
O prédio do Mercado Central é maravilhoso, situado na Old Town, com várias barracas de artesanatos, comidas típicas, roupas, etc.
Na Cracóvia também se encontra a tradicional ponte das correntes, onde os apaixonados prendem cadeados em sinal de amor eterno.
A vista ao longo dos rios Vltava e Danúbio é incrível!
Parada obrigatória é o Museu localizado no espaço em que funcionou a fábrica de Oskar Schindler (todo mundo lembra do filme "A lista de Schindler", certo?). O espaço é maravilhoso e enorme, com todos os detalhes possíveis acerca da época da Segunda Guerra e da ocupação da Polônia pelos nazistas em 1939, sendo recomendado reservar umas boas três horas para se conseguir ver tudo com calma, assistir aos filmes, ver as fotos e aproveitar bem a visita.
E na linha da ocupação nazista e da perseguição aos judeus, não podemos deixar de falar da nossa visita aos campos de concentração nazista Auschwitz-Birkenau.
Fomos de ônibus e saímos bem cedinho, comprando o ticket diretamente na estação. Não sei se por ironia do destino ou se porque um dia nesse lugar não poderia mesmo ser ensolarado (particularmente acho que nunca faz sol por lá), choveu o dia todo e estava muito frio e tudo cinza.
O percurso da Cracóvia até Oswiecim, onde ficam os campos, leva aproximadamente 1:30h e você já desembarca na frente de Auschwitz. Logicamente o lugar tem uma carga emocional enorme, sendo triste e sombrio, mas ao mesmo tempo traz uma riqueza de detalhes de uma história da qual não podemos nos esquecer.
O campo era ponto de confinamento e extermínio de povos judeus, ciganos, negros, homossexuais, enfim, das porções da humanidade que não eram consideradas "raça pura" por Hitler. As informações do local falam em 6 milhões de judeus assasinados no holocausto.
Tiramos apenas algumas fotos dos prédios, mas na verdade você nem tem vontade de fotografar nada lá dentro. Posso dizer que uma das coisas que mais chocam no museu é a sala com aproximadamente 2 toneladas de cabelo humano das pessoas exterminadas nos crematórios, bem como os sapatos, malas, roupas e outros objetos pessoais destas mesmas pessoas.
De Auschwitz até o outro campo, Birkenau, é uma caminhada de 3 km, mas você pode pegar um táxi ou uma van que circula no complexo e é fornecida pelo próprio local.
Pois bem. Desconsiderando a crueldade deste delicado momento de nossa História, a visita é muito interessante e de grande valia para que todos as gerações possam entender e visualizar os horrores praticados ali e também para fazermos uma reflexão sobre os limites do poder e da ambição humana, tirando nossas próprias conclusões. Lembrando que a visita ao museu é gratuita, bastando agendar pelo site oficial com antecedência.
Vamos sentir saudades da Polônia, sendo que agora seguiremos rumo a Budapeste. Difícil é entender o polonês nos paineis da estação de ônibus kkk, mas a gente se vira. Até breve!!!